Mont’Serrat: do berço da ancestralidade negra ao bairro nobre da capital
Um passeio pela história viva de um dos bairros mais charmosos de Porto Alegre
Quando se fala em Mont’Serrat, a primeira imagem que vem à mente são as ruas arborizadas, os prédios elegantes e a vista privilegiada da cidade. Mas por trás do bairro nobre que conhecemos hoje, existe uma história rica e, muitas vezes, esquecida: a de uma comunidade formada por descendentes de africanos que, no passado, chamavam essa colina de lar.
No século XIX, após a abolição da escravidão, diversas famílias negras passaram a ocupar áreas periféricas dos centros urbanos, muitas vezes em regiões de morros e encostas. Foi assim que começou a ocupação do Morro Mont’Serrat — com casas simples e uma forte presença comunitária. As famílias construíram ali não apenas suas moradias, mas uma rede de solidariedade, cultura e resistência.
Ao longo do século XX, com a valorização imobiliária da região e a expansão da cidade rumo aos altos da capital, o bairro passou por um processo de transformação urbana que gradualmente substituiu as construções populares por edificações de padrão elevado. A paisagem foi se modificando, mas a história daquelas primeiras famílias continua viva na memória de Porto Alegre.
Hoje, Mont’Serrat é um dos bairros mais valorizados da cidade. É conhecido por sua excelente localização, segurança, qualidade de vida e pelos empreendimentos de médio e alto padrão. Ao caminhar por suas ruas, no entanto, é importante lembrar que ali também se encontra uma parte fundamental da formação cultural e social da cidade.
Reconhecer essas origens é valorizar não apenas a história de Mont’Serrat, mas também a diversidade que construiu Porto Alegre ao longo das décadas.
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