Edição 1 – O Nascimento do Parque Farroupilha: De Campo da Várzea ao Pulmão Verde de Porto Alegre
Um campo que virou história
Muito antes de ser conhecido como Parque da Redenção, o espaço era chamado de Campo da Várzea. Situado entre o centro e os bairros que começavam a surgir na virada do século XIX, esse campo era uma área de várzea usada para agricultura, pastagens e atividades populares como touradas e futebol.
Em 1807, a área foi oficialmente destinada ao uso público. Com o passar das décadas, a população de Porto Alegre começou a enxergar ali um espaço de convivência e lazer. Na virada para o século XX, o local passou por pequenas intervenções urbanas e ganhou status de parque.
Do improviso à paisagem urbana
Até então, o espaço era bastante rústico, com usos diversos e desorganizados. Mas o interesse crescente pela urbanização e pelo lazer público fez com que ele fosse transformado oficialmente em parque, recebendo o nome de Parque da Redenção, simbolizando o fim da escravidão no Brasil — tema que ressoava com força nas camadas populares da cidade.
Ali surgiram alamedas, bancos, áreas ajardinadas, um velódromo e um pequeno zoológico. O parque começou a se consolidar como ponto de encontro, lazer e até de manifestação política.
Valor afetivo e imobiliário
A proximidade com bairros como Bom Fim, Cidade Baixa e Farroupilha tornou o parque referência para os moradores da capital. O que antes era um campo de várzea passou a ser considerado um diferencial urbano, influenciando diretamente na valorização imobiliária da região.